Muitos de nós, vemos-nos às vezes a tentar ajudar ou influenciar positivamente as pessoas ao nosso redor, principalmente quando se trata de pessoas que CONHECEMOS. Mas, não demora muito e percebemos que tentar ajudar quem não quer ser ajudado é como dar um murro na ponta duma faca... A maioria das pessoas querem melhorar alguma coisa nas suas vidas, querem mudar ou fazer algo novo para se renovarem e se sentirem melhores. O anseio por mudança, geralmente parte de iniciativa própria destas pessoas que ao conversar reclamam de uma determinada situação com os seus amigos ou familiares. Estas reclamações variam de pessoa para pessoa mas prevalecem reclamações do tipo: “Ah, queria emagrecer mas não consigo”, “O meu relacionamento está a ir de mal a pior”, “Estou a sentir um vazio enorme na minha vida, tenho fazer algo para mudar”, “Não tenho tempo para fazer nada”, “O meu emprego é uma merda”, “Queria fazer actividades físicas mas não tenho tempo”, etc, etc, etc... O que será que leva as pessoas a agir desta maneira? Mudar dói...Algumas até aceitam os nossos conselhos e procuram a nossa ajuda, começam uma actividade física, a dieta, etc., mas dificilmente dão continuidade, e arranjam desculpas e voltam imediatamente para a sua zona de conforto. Parece que estas pessoas tentam se anestesiar para se distrair do objecto da sua dor ou simplesmente desistem de solucionar o problema porque para elas tudo é “sempre muito difícil e o mundo está sempre contra elas”, então aquele problema só cresce enquanto estas pessoas não progridem pois o que elas resistem, persiste. Não existe nenhum problema que se irá embora sozinho, muito menos quando estes problemas estão relacionados somente com a mudança que precisamos fazer em nós mesmos. E isto demanda auto-responsabilidade e muita força de vontade para que assim a principal tarefa para a evolução seja feita: A acção Não há como um amigo ou familiar fazer mais do que apenas ouvir e aconselhar… Sejam os nossos problemas questões relacionadas a sobrepeso, motivação, profissão ou até mesmo situações relativas a relacionamentos… O QUE SEJA! É sempre muito bom ter um amigo para nos ouvir e nos dar incentivo ou até mesmo para chamar a nossa atenção, por este motivo não fique na defensiva ou entre em conflito com quem quer te ajudar, muito pelo contrário, seja grato por ter alguém que ainda se preocupa com você. Temos que ser donos do nosso próprio destino. Sempre!Para todos aqueles que assumiram responsabilidade pelos seus resultados, já passaram por cima dos seus maiores problemas e tiveram algum tipo de mudança positiva ao enfrentá-los, fica difícil entender porque é que as pessoas resistem tanto à mudança, principalmente àquelas que enxergam a dificuldade e a possível solução mas nem se quer tentam colocá-la em ACÇÃO. Por que este tipo de coisa acontece? O que é isso que nos aprisiona na nossa mediocridade e nos paralisa diante da possibilidade de mudança? Você se lembra da última vez que mudou alguma coisa na sua vida ou comportamento? O que te motivou? Como tudo começou? Para um número limitado de pessoas, a necessidade de mudança vem de uma forma avassaladora, como um verdadeiro tsunami, modificando tudo de uma hora para a outra (e claro, resolvendo rapidamente as adversidades e dificuldades sem se deixar abalar). Contudo, para a maioria das pessoas isto não acontece, a mudança ocorre de maneira lenta, difícil e muita das vezes nem ocorre porque elas habitam na resistência. O motivo é simples: a maioria das pessoas tem medo e resistência a mudança, elas não têm a coragem de se expor, de se arriscar e preferem ficar na sua Zona de Conforto. Afinal como já dizia Anthony Robbins "as pessoas só fazem as coisas por dois factores, para obter prazer ou evitar a dor…” Quando saímos da nossa zona de conforto é natural sentirmos medo, dor e ansiedade. E como qualquer pessoa comum, se tivermos escolha, para evitar esta dor voltaremos rapidamente para o conforto da nossa rotina e da nossa vida “normal”. Nós sucumbimos diariamente aos prazeres imediatos para anestesiar a dor ou preencher o buraco de nossa alma, e por este motivo muitas pessoas se entregam aos vícios como tabaco, drogas, bebidas alcoólicas ou comida em excesso. Se não estamos bem e temos consciência disso, reclamamos e transferimos a culpa para factores externos, se achamos que estamos bem, preferimos fechar os olhos para como o nosso comportamento afecta as pessoas ao nosso redor, com isso se alguém vem apontar alguma falha nossa, alguns ignoram, outros lutam. Afinal, estas são as principais reacções daqueles que habitam na resistência. Para aqueles que querem ajudar alguém mas não conseguem…Procuro praticar a compaixão com consistência e digo para mim mesmo todos os dias que preciso sempre estar presente e compassivo para me colocar na pele dos outros antes mesmo de querer ajudá-las; mas de facto esta prática é muito difícil e é um tanto quanto frustrante ver algumas pessoas se destruindo, sem aceitar a nossa ajuda por teimosia, totalmente inertes deixando a vida passar por entre os seus dedos sem correr atrás de seus próprios sonhos e objectivos, e pior, ainda reclamando. É um sentimento de impotência, eu sei como é, e confesso que ele me faz perder uma das principais virtudes da compaixão: a paciência. Confesso que eu não tinha muita paciência com o derrotismo, pessimismo e com a mediocridade que a maioria das pessoas carregam consigo mesmas, mas há muito tempo que eu decidi não desanimar pelos resultados dos outros. Depois que eu adoptei essa postura, comecei a compreender que o maior problema destas pessoas está na mente delas. Isto é, não é que elas não queiram mudar, elas só não tem a pré-disposição mental para conseguir colocar-se nesse estado de auto-responsabilidade assumindo responsabilidade pelos seus próprios resultados, sendo senhores do seu destino. Eu só consegui desenvolver a minha paciência para este tipo de atitude quando eu me coloquei no lugar delas. Eu passei a entender de verdade estas pessoas “resistentes a mudança” a partir do momento que eu me vi compassivo, entendendo a dificuldade daqueles que estão tentando mudar e não conseguem. Em contrapartida, entendo também a frustração daqueles que querem ajudar, mas ao mesmo tempo não conseguem impulsionar as pessoas que habitam na resistência. Então, eu vou dar um conselho para todos aqueles que estão a tentar ajudar alguém, que é:Não entre em conflito! Tenha paciência, não se frustre pelos resultados alheios, foque apenas no seu resultado, foque apenas no seu desenvolvimento, é isso o que eu faço hoje. Quem quer a minha ajuda, estou aqui de braços abertos para ajudar, vou ajudar com a maior boa vontade; quanto aqueles com postura derrotista, não fico mais chateado nem decepcionado quando eles não tentam ou desistem no meio da mudança. Sabe porquê? Pois fizemos tudo o que estava ao nosso alcance para incentivá-lo, a nossa consciência está limpa, e em alguns momentos não é nenhuma vergonha ser um pouco “egoísta”, principalmente quando tentamos uma, duas, N de vezes ajudar. Podemos e devemos preocupar-nos com a nossa própria evolução, a nossa intenção deve estar em procurar sempre ser melhor que ontem, não podemos nos privar da evolução por causa daqueles que querem continuar estagnados (e insatisfeitos) na sua zona de conforto. Não coloque as suas metas e os seus resultados dependentes de terceiros. Não coloque a sua expectativa de felicidade e realização, no resultado dos outros! Coloque as suas expectativas apenas em você, porque esse é o único factor que está sob o seu controle. Factor esse ao qual você tem total controle e domínio pois você é senhor do seu destino, e os resultados que tanto deseja só dependem de você para serem conquistados. Se você colocar a sua realização dependente de terceiros, você vai se frustrar, você vai se decepcionar, você vai ficar triste, você vai se colocar num estado mental enfraquecedor que nem mesmo você terá energia para sair da inércia e se desenvolver, mental, física e espiritualmente falando. Procure ser melhor que ontem sem muita pretensão de mudar todos com os seus conselhos e incentivos … Eventualmente, as pessoas que estiverem a sua volta, seguirão o seu exemplo, pois como já dizia Mahatama Gandhi: " Seja o exemplo da mudança que deseja ver no mundo. "
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Alberto BarreiroRenda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento. Arquivos
Setembro 2017
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